insectos POP

Todos temos ídolos.

O fanatismo leva-nos a chorar, a sentirmo-nos compreendidos num mundo podre e tóxico onde sentir-se amado é cada vez mais difícil. Coleccionamos discos, compramos t-shirts, cortamos e pintamos o cabelo e dançamos até atingirmos o estado de graça que gostaríamos que a nossa vida fosse. Do "Woodstock" à "Beyoncé Fest" reinamos com as fitas hippies ou com o refrão de Crazy in Love.

A POP é a cultura que atinge o maior número de POPulation. Talvez pelo seu poder de entretenimento, e também pela sua capacidade de fazer com que quem ouve este género de música se esqueça de tudo e seja feliz por poucos minutos.

Ora, nem a ciência nem os cientistas são imunes ao fanatismo pelos artistas POP. Tanto que, hoje e desde o século XVIII, o sistema de nomenclatura binominal criado pelo biólogo sueco Lineu atingiu níveis de originalidade oriundos dos ídolos musicais dos investigadores. Afinal, porque é que os cientistas não podem ouvir e dançar o Whenever, Wherever enquanto descobrem novas espécies de insectos?

 
 

Referências
ZUCKERMAN, Catherine (2017, Outubro), Celebrity Status, National Geographic, p. 29
JINKINSON, Bethan, 2012, 10 species named after famous people, acedido a 10 de Outubro de 2017, em: http://www.bbc.com/news/magazine-18889495
List of Organisms Named after Famous People, acedido a 11 de Outubro de 2017, em: https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_organisms_named_after_famous_people

Sofia

Sofia Fialho é licenciada em Teatro (Actores) pela Escola Superior de Teatro e Cinema (2016). Iniciou o seu percurso como actriz no grupo de teatro Os Gambuzinos. Trabalhou com Tiago Vieira em 2015 integrando os espectáculos DESTRUIÇÃO, Tudo o que tenho para oferecer: feridas e É como uma noite em pleno dia aos pedaços. Estreou-se profissionalmente com os Artistas Unidos em Os Acontecimentos de David Greig, encenado por António Simão. Em 2016 cruzou-se com Faustin Linyekula em We Went There And All We Found Was Chaos e integrou a performance de Anabela Mota Ribeiro e André e. Teodósio Estar em Casa no Teatro São Luiz. Em 2018 entrou no espectáculo Não Estava à Espera de Morrer de Tiago Mateus, e em 2020 em ALMA, encenação de Cristina Carvalhal. Enquanto cantora fez parte da banda Tracinho Ponto Tracinho e apresentou um concerto com Rui Rebelo no AO LARGO Estúdio. Co-fundadora do outro.

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