ZÉNITE /2024

 

ZÉNITE encerra uma trilogia de espetáculos que dialogam de forma única com o espaço. Este espetáculo estreará a 27 de Junho de 2024 no Teatro Zénite, uma obra cenográfica construída ao ar livre a partir do entulho das obras de requalificação do Teatro Nacional D. Maria II.

O projeto é dirigido por Sílvio Vieira, em colaboração com o cenógrafo Rafael dos Santos. Uma produção outro em coprodução com o Teatro Nacional D. Maria II.

27 de Junho a 21 de Julho 2024
Quarta a Domingo¹, às 20h30, no Teatro Zénite

¹Não há espetáculo nos dias 3, 4 e 5 de Julho.

direção artística e de projeto Sílvio Vieira
produção executiva Daniela Leitão

conceção do Teatro Zénite Rafael dos Santos e Sílvio Vieira
consultoria de segurança Fernando Rodrigues
chefe de manutenção Tiago Pedro

cocriação e interpretação Catarina Rabaça, Gaya de Medeiros, Márcia Cardoso, Miguel Galamba, Rita Cabaço e Tadeu Faustino
cenografia e desenhos Rafael dos Santos
assistência à cenografia Catarina Sousa
figurinos Marine Sigaut
desenho de luz Pedro Guimarães
desenho de som Kino Sousa
vídeo Carlos Conceição

produção outro
coprodução Teatro Nacional D. Maria II
residências artísticas DeVIR CAPa (Faro) e UMCOLETIVO (Portalegre)
parceiros República Portuguesa | Cultura, Polo Cultural Gaivotas | Boavista, Mirabilis Films, Ser+ Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida, e Coffeepaste

agradecimentos Ângela Rocha, Miguel Ponte, Manuel Vicente, Rodolfo Vicente, Centro Cultural de Belém, LARGO Residências

ZÉNITE integra o Ciclo Abril Abriu, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, e foi sonhado e concretizado com o especial apoio da Casa Santos Lima.

NOTA de intenções

Depois de ARENA, um espetáculo de teatro sem palavra que estreou no final de 2021 numa antiga oficina de automóveis em Lisboa, fez sentido repensar os dois projetos seguintes à luz da problemática e estética levantadas com esse espetáculo. O facto de ARENA ter aberto a porta à apresentação do trabalho seguinte numa sala de teatro convencional (no Centro Cultural de Belém), constituiu um problema existencial à ruptura que procurámos com aquela garagem em relação aos modos contemporâneos de produção e difusão de espetáculos.

Depois de criarmos aquele espaço efémero, fundando (pelo menos, para nós) novas formas de entrelaçar a profissão e a vida, o convite de um programador para estrear EQUADOR no CCB surgiu como presente temporário a um grupo de artistas de teatro sem Teatro. Aceitámos o convite, embora sabendo que o problema subsiste: muitos artistas não têm espaço para trabalhar, como muitos jovens (agora adultos) não têm uma casa a que possam chamar sua.

Este problema concreto, articulado com a vontade artística de trabalhar os lugares e não apenas em lugares, deu origem a uma possível trilogia* do espaço:

ARENA
EQUADOR
ZÉNITE

*ARENA estreou em Novembro de 2021 na antiga Garagem do Chile. EQUADOR foi apresentado de 7 a 14 de Julho de 2023 na Blackbox do Centro Cultural de Belém.

 
 

TEATRO ZÉNITE: ERGUIDO DA PELE DO TNDM II

ZÉNITE é um espetáculo cuja cenografia passa pela construção de uma parte do recinto, a que chamámos Teatro Zénite, a partir do entulho das obras de requalificação do Teatro Nacional D. Maria II.

ZÉNITE dialoga construtivamente com o problema da escassez de espaço, ao mesmo tempo que aprofunda os limites da proposta artística de criação no, do, e para o espaço. O nascimento do Teatro Zénite a partir do entulho histórico do TNDMII é ao mesmo tempo um gesto concreto e simbólico, arqueológico e voltado para o futuro.

ZÉNITE: O ESPETÁCULO

O significado da palavra “zénite” sugere verticalidade e céu, ambos familiares à ideia de sagrado. O espetáculo será um retorno à natureza e à ação humana e ritualística da sua contemplação por um coletivo em assembleia — o mesmo gesto vertical e religioso que estará na origem da arte. Pretende-se que a criação enfatize a experimentação entre espaço, imagem, corpo e narrativa, não partindo de texto.

A execução no exterior oferece limitações de ordem técnica que acabam por abrir a porta à investigação de novas formas de representar, iluminar, cenografar e sonorizar, num processo de engenho que poderá devolver à contemporaneidade algumas das fórmulas mais antigas da arte teatral.

  • A natureza única do projeto justifica o seu registo para a posteridade, contando com a colaboração do cineasta Carlos Conceição e da produtora Mirabilis para a produção de uma média-metragem documental e autoral, um teaser/trailer e um registo integral de espetáculo.

  • O plano de atividades pressupõe um equilíbrio entre criação/investigação e interação público-projeto, com workshops, ensaios abertos, conversas e visitas guiadas.

  • O Teatro Zénite continuará (assim o desejamos) com a apresentação de candidatura à DGARTES para o seu primeiro ciclo de programação, em 2025, com foco na criação experimental e emergente.



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