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maçã

de Mattium, capital de Catos (povo germânico), que terá sido produtora de um especial tipo de maçãs.

madeira

do latim materia, matéria, princípio das coisas.

manguito

do latim manica, derivado de manus (mão), manguito é um gesto obsceno, que já existia no séc. XVII: “Até aqui, meus amigos, vai isso muito frio: necessitam os chistes de manguito.” D. Francisco Manuel de Melo, A Feira dos Anexins.

manifestar

do latim manifestare, relacionado com manus (mão), mostrar(-se), descobrir; revelar, termo teológico: séc. XIV: “manifestou-se logo a Deus, ante quantos i estavam” Demanda. Manifestus doloris, que deixa ver a sua dor.

manter

do latim manutenere, composto por manu (mão) + tenēre (ter), ter na mão. tenēre quer ainda dizer delicadamente, ternamente. Manter é segurar algo terna e delicadamente na mão.

manual

do latim manuale-, que se pode segurar nas mãos, da mão.

mar

do latim mare, mar, água do mar, recipiente vasto. Mare nostrum, o Mediterrâneo. In mare fundere aquas, levar água para o mar (perder o seu tempo). O vocábulo latino era neutro e tornou-se masculino em português (como aconteceu com tantos vocábulos latinos terminados em -e), passou, porém, a feminino em Francês, Catalão e Romeno. Esta mudança de género pode atribuir-se à influência de “terra”, uma vez que as duas aparecem muitas vezes juntas: terra marique, por terra e por mar. Também “mar” com “ar”: aeris magnum mare, o vasto oceano do ar.

meigo

do latim magicu-, mágico, de magia, misterioso, de onde vem meiguice, séc. XVI: “Meiguices com que todas derrubam nossa fortaleza.” Jorge Ferreira de Vasconcelos, Memorial das Proezas da Segunda Távola Redonda

memento

do latim memento, lembra-te. Imperativo do verbo meminisse, é termo da liturgia católica para designar orações pelos vivos e pelos mortos.

menina

como tantas outras palavras, não existe no dicionário etimológico porque se assume simplesmente como feminino da palavra que serve para designar tanto meninas como meninos: menino.

menino

origem obscura, e, segundo José Pedro Machado, uma das palavras mais controversas. De duas coisas está ele certo:

1. a palavra não foi emprestada do castelhano

2. é palavra de criação expressiva, como o francês “mignot” (lindo) ou o catalão “minyó” (rapaz).

mimo

o adjectivo paradoxi- também serve para designar os actores mímicos que, paradoxalmente, não usam da palavra para representar, contrariamente à tradição oral do teatro.

morrer

do latim vulgar morere ou morīre, mesmo sentido do actual. A mais antiga forma portuguesa foi morer: “este verbo no presente, e outras formas rizotónicas, era moiro, ou mouro (de morior, a relação com mouro/muçulmano, apesar de tentadora, é meramente casual, já que mouro/muçulmano vem de mauru-), forma frequentíssima nos quinhentistas, entre eles Camões.” A. R. Gonçalves Viana, Apostilas aos Dicionários Portugueses

mulher

do latim muliere, mulher, mais especificamente mulher casada, ou mãe.

*note-se como na etimologia de homem não há qualquer referência a “homem casado” ou a “pai”, aliás, a etimologia de homem encerra definições pertencentes sobretudo à humanidade no geral.

músculo

do germânico mus (rato) + sufixo -ulo com valor diminutivo, em latim musculu-: ratinho, “Pois a contracção de um músculo sob a pele dá a impressão de um ratinho que se esgueira.” Morais, Dicionário da Língua Portuguesa

museu

do grego mouseion, Templo das Musas, local de residência das Musas e das Ninfas, lugar onde alguém se exercita na poesia e na arte.